sábado, 13 de janeiro de 2018

Estudantes da rede estadual de Paulo Afonso projetam casa adaptável para deficientes visuais


Estudantes do CETEP Itaparica II – Wilson Pereira projetam casa adaptável para deficientes visuais.
As pessoas com deficiência visual se tornam mais independentes em suas casas quando o ambiente doméstico é adaptado para as suas necessidades de acessibilidade. Foi com o objetivo de promover a inclusão social e conscientizar a população de que esse público pode viver com total autonomia é que estudantes do curso técnico de nível médio em Desenho de Construção Civil do Centro Técnico de Educação Profissional (CETEP) Itaparica II – Wilson Pereira, no município de Paulo Afonso, desenvolveram o projeto “Casa Sustentável Adaptada – uma inclusão necessária”.

Para a realização do trabalho, os alunos visitaram pessoas cegas, em suas moradias, e dialogaram com elas sobre o que gostariam que melhorasse em suas residências para que se tornassem mais apropriadas. O estudante Mateus Gomes, 17 anos, 4º ano do curso em Desenho de Construção Civil, conta que, a partir desse contato, a equipe idealizou uma maquete de casa adaptada, unindo acessibilidade, segurança, conforto e sustentabilidade. “O projeto surgiu através da nossa observação sobre a necessidade de casas projetadas para os deficientes visuais. E vimos que isto é possível com simples adaptações e móveis planejados pensando em suas necessidades especiais”, explica o aluno, junto às colegas Rafaela Teixeira e Viviane Torres, que também estiveram à frente do projeto.

A proposta, completa Mateus Gomes, é reduzir ao máximo o risco de acidentes domésticos. E para que isto seja possível o estudante frisa que o ambiente precisa ser adaptado. “O cego tem um mapa mental de sua casa, mas se os móveis são mudados, ele se perde e pode se machucar. Então, a nossa dica é que o mobiliário permaneça sempre no mesmo lugar, sejam pesados e firmes e seus cantos, arredondados. Além disso, as áreas de circulação devem estar livres de obstáculos; o piso precisa ser antiderrapante e a ausência de tapetes em casa é importante. Outra coisa viável é o arredondamento da quina das paredes. Em uma de nossas visitas, por exemplo, notamos que um senhor estava com a testa ferida e, quando o perguntamos o que havia acontecido, ele disse que tinha batido justamente na quina da parede”, relata.

A casa idealizada pelos estudantes do CETEP é composta, também, de telhado verde, com engenharia hídrica automática para a captação de água da chuva e aproveitá-la no uso doméstico. “Nosso projeto está pronto para ser utilizado na construção civil e nosso maior objetivo é proporcionar acessibilidade e sustentabilidade, com segurança e conforto para os deficientes visuais”, concluiu.

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