quarta-feira, 30 de março de 2022

Com declarações fortes e polêmicas, Luiza de Deus fala à rádio Angiquinho sobre pré-candidatura a deputada


Nessa terça-feira, 29 de março, a advogada Luiza de Deus (PSD), 26 anos, neta do prefeito de Paulo Afonso, Luiz de Deus (PSD), concedeu entrevista à Rádio Angiquinho para falar de sua pré-candidatura a deputada estadual. Veja abaixo, a 1ª parte com trechos fortes e polêmicos da conversa com os radialistas Ozildo Alves e Kaká.

Quem é Luíza?

“Até ontem eu era apenas a neta de Luiz de Deus, continuarei carregando todas as suas honras, glórias e também suas falhas como qualquer gestor, qualquer pessoa, mas a partir de hoje, eu não sou somente isso, estou me apresentando ao público, a sociedade, e tenho que que estar disposta a desafiar tudo, o ônus e o bônus.”

Desistência da pré-candidatura do pai, Luiz Humberto. O nome dele não empolgou e por isso você foi a escolhida?


“Luiz Humberto, no caso o meu pai, acompanhou toda a trajetória do meu avô como muitos do grupo, como muitos têm pretensões, desejos de ocupar cargos, ele tem o nome dele, a competência dele, e ele tem sim todos os seus méritos e todas as suas crenças e todos os seus sonhos como qualquer outra pessoa, mas pra isso, a gente vive realmente um jogo de aceitação, eu não digo assim que o nome dele não foi aceito, o meu nome no momento ele vive um clamor muito maior do que o dele, a gente vive um cenário político hoje que a imagem do meu pai é o reflexo da política que não apenas o povo de Paulo Afonso não quer, o Brasil, o mundo não quer mais essa imagem de que foi construída. Eu sim sou uma pessoa que foi reconhecimento do próprio Luiz Humberto, do próprio Luiz de Deus de todos os outros articuladores que ali estavam que eu tenho potencial para representar o que as pessoas precisam, o que as pessoas clamam e querem.”

O convite

“Digo o dia certo, na quinta-feira da semana passada, estava presente o meu avô, o meu pai e chegou até mim pra mostrar e perguntar – você aceita ser nossa candidata?, – sinceramente naquele momento eu paralisei porque eu não contava mais com essa ideia, não me preparava mais para isso e diante de todas as justificativas, o pedido do meu avô, eu não conseguir de me ver em outra situação de acolher esse desafio. Acolho esse desafio porque acredito que sou capaz.”

Por que alguém da família?, porque a neta?, perpetuação do poder?

“Se bate muito em dinastia, meu avô nunca me direcionou a nada, quando as pessoas conversam parece que é uma escola, parece a imagem do rei que precisa preparar a todo momento uma pessoa para o poder não cessar, não deixar de sentar na cadeira. Lhe garanto com toda certeza que a minha presença nesse cenário nunca foi desejo do meu avô ou premeditado por ele. Eu acredito muito que nas famílias, sejam elas de médicos, enfermeiros, advogados, a gente vive uma grande tendência dos filhos seguirem os exemplos do pai, do avô ou até mesmo por questão de genética, as vezes despertam as mesmas características das mesmas profissões, então porque com política é visto com maus olhos e de forma diferente. Isso não só acontece em Paulo Afonso, se for assim, todas as cidades, todos os estados estão povoados de capitanias hereditárias e parece que a fama só recai sobre os deuses, eu acho que até o sobrenome colabora para essa ideia, e não é bem assim, eu sou apenas mais uma pessoa dentro de toda essa dinâmica que cresci vendo uma pessoa que eu admiro exercendo uma função, eu sou uma pessoa que, sei lá se isso existe, nasci com um convocação para, nasci como as pessoas dizem, com o sangue do seu avô. Dentro dos meus familiares, primos próximos eu não sei se você consegue citar mais alguém que tenha essa tendência que eu venho tendo a construir a partir de agora.”

O discurso inflamado contra o tio/avô Paulo de Deus na eleição de 2016

“A partir do momento que eu me pronunciei pela primeira vez, e eu não esperava a repercussão que teria, eu apenas fui como a neta mesmo, que ia defender o seu avô, que ia com o coração na mão falar o que eu estava sentindo, o discurso inflamado contra o seu tio (Paulo de Deus). Veja bem seria com qualquer pessoa que estivesse magoando o meu avô, eu estava com 21 anos, então não tinha proporção do que eu estava fazendo, eu não tinha nenhum intenção, eu tinha a mágoa de que eu via a mágoa de alguém que eu amava estava sofrendo e que eu precisava fazer alguma coisa, eu sou assim, é da minha característica defender os meus com impulsividade até, reconheço, e não me arrependo de ter feito isso porque fiz com o meu coração. A partir daquele momento que eu vi a proporção que tomou e eu descobri na verdade o potencial que eu poderia ter, que na verdade era até escondido de todos, os meus pais ficaram surpresos – como você conseguiu fazer isso?




Repercussão do discurso em defesa de Luiz de Deus na eleição de 2016 a estimulou a entrar na política, mas ouviu do avô – deixa essa porra pra lá!”

“A partir daquele momento eu cheguei até meu avô, eu pessoalmente, eu ainda estava na metade da minha faculdade e eu disse – vô, a partir de agora eu quero transferir a minha faculdade para Paulo Afonso, eu quero trabalhar com você, num sonho gigante eu dizia – eu quero ser política, ele simplesmente olhou pra mim e disse – deixe essa porra pra lá – me desculpe a palavra, mas foi com essas palavras – você precisa estudar! – Meu avô nunca precisou de um sucessor como todos acreditam que é uma necessidade ferrenha dele.”


Críticas ao atual governo de Luiz de Deus. A advogada diz que se fosse prefeita, faria mudanças

“Concordo, não posso me omitir a ter esse tipo de raciocínio, esse tipo de reflexão, por isso que quando você questiona – o que você vai representar junto ao seu avô agora?, – o que eu sempre vim falando e repetindo e paralisei por um tempo por ter escolhido me afastar um pouco (da política), eu vou retomar o ponto da necessidade dos meus, da população que clama e que eu estou disposta a ouvir sem distinção, e eu espero assim como eu perguntei ontem, eu falei – eu peguei muitas brigas pelo senhor, o senhor vai comprar essa por mim?, então ele precisa me ajudar no sentido de o governo estar também alinhado com as minhas ideias, com a minha personalidade, e hoje me comprometo, você perguntou, – você sendo prefeita faria diferente?, – eu faria muito diferente e mais próxima dele agora vou insistir na tecla de que outras vertentes precisam ser ouvidas, outras atitudes precisam ser tomadas e eu espero que as pessoas realmente me enxerguem com esse potencial e capacidade de modificar algo.

Declaração sobre o deputado estadual Paulo Rangel surpreendeu. O parlamentar vai disputar a reeleição e é aliado do prefeito Luiz de Deus.

“Atualmente eu não vejo um cenário favorável de representatividade na Assembleia. Quanto a questão de Paulo Rangel, com todo respeito que eu tenho, ontem vocês citaram (na rádio), a existência de alguns políticos ‘copa do mundo’, infelizmente Paulo Rangel não vive em Paulo Afonso. Eu acho que ele conquista, ele tem um outro reduto, ele tem uma outra base, ele certamente tem trabalho prestado, mais atuante, penso, eu em outra região, mas eu, de fora, Luiza, não consigo direcionar e visualizar a presença dele ativa aqui em Paulo Afonso, com todo respeito que o tenho, com todo respeito que tenho a Nino. ”

Com sua candidatura como fica a situação de Nino, o filho de Rangel, atual secretário de Turismo, Indústria e Comércio?


“É uma pessoa que eu admiro bastante acredito e defendo que ele tem feito um bom trabalho, muito necessário pra cidade, eu confio nesse trabalho dele, mas acredito que a articulação política dentro da gestão tendo a presença dele assumindo uma pasta, eu não acho prejudicial e inválida, que precisa deixar de existir nesse momento. Ele pode ter a luta dele com o pai dele que é extremamente legítima, eles vão fazer o trabalho deles e a gente vai continuar fazendo o do meu avô, o projeto do nosso grupo, sem imposições. Mas é óbvio, Nino estará com o pai dele, assim como é óbvio que Luiz de Deus estará comigo, então vamos caminhar em harmonia.

Resposta ao vereador Jean Robert por ter afirmado que não é mais Luiz de Deus quem comanda a prefeitura, e sim Luiz Humberto e Cíntia Rosena

‘Eu conheço o perfil de Luiz de Deus, o meu avô e muitos o conhecem, até acho que é uma covardia de Jean falar isso, porque ele também já presenciou o pulso (de Luiz de Deus) e o desejo sim de continuar liderando e a capacidade de continuar liderando, e que o Luiz tem. Ele (Jean) participou de inúmeros momentos com ele e esteve aliado por muito tempo. É muito estranho que um dia você o enxerga como uma grande pessoa, e no outro dia ele é inválido. Isso pra mim não merece confiança alguma.”

Jean Roubert também chegou a sugerir que Luiz de Deus entregasse o cargo ao vice, Marcondes Francisco, ou que desse mais espaço porque, segundo o vereador, ele teria mais condições de gerir o município do que seu avô

“Daí então a gente precisa conversar com o Marcondes e com ele pra saber quais são os interesses obscuros que ele tem. Se ele defende tanto isso, ele precisa de uma justificativa também, não é?”


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