quinta-feira, 14 de junho de 2018

Jovem diabético, morador do BTN, precisa de ajuda para não perder a visão: ‘tenho problema no nervo óptico’

                                      
PAULO AFONSO- Alisson Santos Silva de 24 anos, morador do BTN III, mais precisamente na Rua Santa Isabel, soube ainda menino, quando tinha cinco anos,  que teria que conviver com o diabetes tipo 1.

“Eu tinha muita dificuldade quando era criança de seguir a dieta, porque eu gostava muito de doce, até meus quatro anos eu comia tudo normal,  e fui assim controlando até chegar aos meus doze anos”, relembra o jovem.

Porém, com o passar do tempo, e a chegada da adolescência, Alisson passou a consumir  guloseimas escondido da mãe, “salgadinhos, biscoitos recheados, tudo.”

A família

Alisson mora com a mãe Maria São Pedro e o pai; todos estão desempregados e eles vivem com o auxílio-doença que o jovem recebe. Há poucos meses a mãe foi diagnosticada com câncer de estômago, precisou retirar o órgão, e agora luta para conseguir também o mesmo o auxílio, pois anda com muita dificuldade e não consegue mais trabalhar.
                                         

O drama de Maria aumenta e revolta: “Eu tenho dentes que tenho vergonha de mostrar, procuro tratamento pela rede municipal e há seis meses tento extrair, e não consigo, meu medo é que o câncer volte e avance.”

                                                   O rapaz começa a sofrer os efeitos da doença
                                     
Quando Alisson veio atender a reportagem do PA4, não conseguiu com facilidade abrir o cadeado do portão; o cumprimentei e sua mão não encontrava a minha, a impressão que eu tive era que ele realmente não estava me vendo.

“Eu gravei um vídeo que circulou nas redes sociais e graças a ele, consegui uma consulta em Recife. Eu iniciei o tratamento há dois anos lá, porque comecei a perder a visão. Fui diagnosticado com um problema no nervo óptico, me disseram que eu posso ficar paraplégico, eu sinto muitas dores nas mãos e nos pés. Então fui encaminhado para um neuroftalmologista.”

“Fiquei desesperado, vou perder a visão”

Alisson conta que sem saber o que fazer foi pesquisar na internet, pois nem mesmo em Salvador tinha o especialista indicado que atendesse pelo SUS.

“Como só tinha particular, eu pedi ajuda para irmos tentar em Recife, então passamos pelo hospital de olhos Altino Ventura e de lá fui encaminhado para um neurologista, para uma consulta mais ampla. Pesquisei porque os sintomas aumentam a cada dia.”

O povo está ajudando

“Muita gente já veio aqui, nos doam alimentos, nós precisamos de ajuda com cesta básica, porque tanto eu como minha mãe precisamos nos alimentar e, principalmente comer verduras e frutas, também se puderem nos ajudar a ir para Recife, porque nós não temos mais nada.”

Alisson perdeu até  a namorada: “Quando ela soube da minha doença, me deixou”, lamenta.

Carinhoso com a mãe, ele disse que entende a dificuldade pela qual passa a população: “São muitas pessoas aqui que estão desempregadas; no início eu fiquei muito triste pela divulgação do vídeo com esse problema, mas depois eu pensei ‘Deus vai me ajudar’, desabafou esperançoso.

Telefone de Alisson: (75) 98830-7528.

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