terça-feira, 30 de maio de 2017

‘Prefeito não gosta de Paulo Afonso, agora tenta golpe contra o povo’ afirma vereador sobre PL que autoriza convênios

Na manhã desta segunda-feira (29), na sessão ordinária da Câmara Municipal, os vereadores da oposição, e não apenas eles, ficaram perplexos com o Projeto de Lei nº 31 do executivo, que de forma oficial destitui a Câmara de sua função essencial: fiscalizar ações do executivo também no que diz respeito à celebração de convênios, acordos e ajustes.
Oposição classificou projeto de Luiz de Deus como tentativa de golpe nos consumidores de Paulo Afonso.
                                 
O texto é sofrível, chegaram a mencionar na imprensa que um aluno do 1º ano o teria redigido, mas tem sua justificativa melindrosa: ‘Dará ao poder executivo maior agilidade administrativa e desburocratização’.   

Atenção: o projeto chega no momento em que a Câmara se esquenta para atender reclames da população e votar a renovação ou não de um convênio que permite à Embasa continuar na gestão da água em Paulo Afonso.   

É importante dizer que, mesmo os vereadores favoráveis à empresa movem ações contra a mesma na  justiça e esperam o momento da renovação para negociar as melhores condições possíveis para o consumidor, porém, se aprovado o projeto do prefeito Luiz de Deus (PSD), será ele a pessoa a negociar, por exemplo, a questão da taxa de esgoto que hoje está em 80%. Depois de tudo acertadinho, a Câmara, como o marido traído, fica sabendo por último.   

O líder da oposição, Antônio Alexandre (PMDB) disse que não se surpreendeu tanto assim com a gambiarra, porque o prefeito Luiz de Deus nunca gostou de Paulo Afonso: 

  ″Ele acha que aqui só tem pau-mandado (…) então manda aqui um projeto que é um cheque em branco para ele renovar o convênio da Embasa como bem quiser, senhor prefeito eu acredito que aqui vai ter vereador da sua bancada que não vai aceitar isso! O senhor não tem condição de conceder autorização por não gostar dessa terra, quer impor a Embasa para que o povo pague o que ela quiser cobrar″. 

  Encerrando seu pronunciamento, Alexandre disse que a Câmara não pode mais aceitar tanto rebaixamento e que golpe contra o povo não vai passar:  

 ″Eu não estava esperando isso hoje, mas quando vimos a maracutaia, nos articulamos logo para ir ao Ministério Público″, revelou o vereador, depois que encerrou a sessão reunido com a bancada.   

O projeto foi lido pelo presidente da Câmara Marcondes Francisco (PSD). Veja-o:
                                                    

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