segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Ivone Lima: Mário Júnior não pode ser a 'Carolina' e deixar o tempo passar na janela

                                                
Há pouco menos de um mês, quando foi anunciada a pré-candidatura a prefeito de Paulo Afonso, do deputado federal Mário Negromonte Júnior (PP), os eleitores ainda não arriscam dizer se é séria mesmo a vinda do deputado para o pleito municipal em 2016. Os adversários de uma das maiores votações da Bahia para a Câmara Federal em 2014, já começaram a campanha de difamação na internet e esfregam as mãos, na expectativa do anúncio virar blefe.
Muito embora, interlocutores ligados a Mário Júnior garantam que ele é candidatíssimo, independente do nome apontado pelo prefeito Anilton Bastos (PDT), fica sempre a suspeita no ar, porque são muitas costuras a se fazer até lá.
Contra Mário Júnior se teria o compromisso com outras cidades que lhe deram a votação excepcional. Tolice! Para que servem, afinal, os partidos? O mundo político não se acaba porque um deputado opta por uma cidade.
Porém, ao ficar na janela observando a votação histórica, a bem da verdade, distribuída em vários municípios baianos, Mário Júnior corre o risco de ver a oportunidade passar, e o cenário nunca mais ser o mesmo.
Como diria o genial Chico Buarque: “/ Eu bem que avisei vai acabar/ de tudo lhe dei para aceitar/ ... Lá fora amor/ Uma rosa morreu/ Uma festa acabou.../”.
A canção “Carolina” mostra a musa frustrada com todas as oportunidades para ter uma grande vida, porém, ficou na janela vendo a conveniência do tempo: “/Eu bem que mostrei a ela/ o tempo passou na janela/ e só Carolina não viu/.” 

A sede de mudar e apostar no novo é grande, neste momento há milhares de jovens que querem lhe dar esse voto para prefeito de Paulo Afonso. Não adianta vir com essa história de transferir voto para outro nome da legenda, se faz isto com facilidade para deputado, senador etc., não para prefeito. O voto para prefeito é sentimental, é olho no olho.
Não é menos verdade que se trata de uma das disputas mais vorazes da política, mais desgastantes.
Seja qual for o prefeito de Paulo Afonso em 2016, seu desafio será converter a ação do município em qualidade de vida para a população – não apenas aqui do centro da cidade, será gerar emprego, correr atrás de serviços públicos eficientes, tudo que exige articulação e, em segundo lugar, a saúde de Júnior, e talvez de outros, mais quem?
Alguém precisa equilibrar o jogo, dizer qual é a sua alternativa para assim conquistar o voto e a confiança de quem se opõe a este modelo que por aí está, sem mudar substancialmente a vida da cidade. Em última analise, ser a voz do descontente, e com transparência mostrar seu método.
Qual jovem com envergadura além de Mário Júnior poderia carregar essa esperança? Se ele existe não faça como a Carolina, não deixe o tempo passar na janela e não se acovarde e diga que não viu.

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