Eleições 2014 em Paulo Afonso: "Música de Réquiem para os Democratas!"

         
Conforme o dicionário réquiem é o ofício dos mortos que começa pela palavra latina requiem, sem acento agudo, significando repouso ou descanso eterno. Configura na seara política o banimento progressivo em que o eleitorado nas urnas expressa sua vontade ao alijar do processo eletivo sistemas, partidos políticos e seus prepostos, os “notáveis” e ditos profissionais da Política, executivos e legislativos carcomidos pelo tempo que não trazem resultados que atendam os interesses públicos na Saúde, Segurança, Economia e Educação.

Ancorado ainda no Carlismo da Ditadura Militar ora sob o patrocínio de ACM Neto, o partido Democratas, ex PFL, “a um passo da eternidade”, caminha para o abismo à proporção que seus candidatos são preteridos nas urnas e suas alianças políticas não lhe trazem resultados proveitosos. A derrota de Aécio Neves PSDB para presidenta Dilma Roussef, PT, apesar de sua expressiva votação, é o introito da marcha fúnebre do Democratas que não teve sequer um candidato a governador eleito em todo o Brasil.

Na Bahia, contrariando os institutos de pesquisas tendenciosos e viciados, seu candidato Paulo Souto, velho reconhecido do eleitorado baiano que preferiu seguir o processo administrativo e político semeado pelo governador Jacques Wagner do PT, sofreu uma derrota no primeiro turno para o neófito Rui Costa do Partido dos Trabalhadores que nunca e em tempo algum sairá da história política e do folclore da Boa Terra.

Em Paulo Afonso, onde Dilma obteve o mesmo percentual de votos da sua eleição passada e o das votações de Lula, depois do “samba do crioulo doido” composto pelo prefeito da cidade, Anilton Bastos, ao deixar o DEM para o PDT fundindo-se ao PT, o resultado nas urnas foi exposto na metade dos votos que conseguiu transferir para reeleição do deputado Josias Gomes, haja vista este ter feito “dobradinha” na mesmice dos votos do estadual reeleito, Paulo Rangel, ambos do PT, e, na mesma transferência numérica de votos que o líder Luís de Deus, derrotado nas urnas para à Assembleia, repassou para o ausente eleito José Carlos Aleluia, um e outro do DEM, para à Câmara Federal.
A despeito de sua votação expressiva ainda em Paulo Afonso, sem prefeitos, sem governador e sem presidenta e principalmente sem a “máquina pública” e com a autofagia pública e barraqueira de seus membros, o enterro político do partido Democratas aparenta ser inexorável nos compassos ou não da terceira sinfonia de Beethoven. É só esperar...
Epidauro Pamplona