Ele e outras quatro pessoas ligadas à empresa São Luiz Terraplenagem foram indiciados pelo crime de homicídio com dolo eventual - quando se admite a possibilidade de matar. Um total de 30 pessoas viajava de São Paulo com destino a Paulo Afonso em um ônibus da empresa Gontijo quando, após uma curva, um trator de 35 toneladas se desprendeu do caminhão que o transportava e atingiu o ônibus. A perícia comprovou que o trator estava sem amarração.
Em entrevista ao repórter Aldo Matos do programa Acorda Cidade, o advogado Péricles Novais informou que requereu, juntamente com o advogado André Novais, a revogação da prisão preventiva do caminhoneiro, combinado com o relaxamento da prisão por excesso prazal.
“A decisão se deu em face de a Polícia Judiciária e o Ministério Público não terem concluído o inquérito no prazo legal. Dr. Fábio Falcão (Juiz de Direito da Comarca de Alagoinhas ), verificando os pressupostos de admissibilidade, relaxou a prisão dele determinando a expedição de alvará na data de hoje”, informou o advogado Péricles Novais.
Segundo ele, Joniçon não tem condições técnicas para saber se o trator necessitava ser amarrado, porque é um procedimento do técnico de segurança. Essa é uma responsabilidade da empresa onde ele trabalha, até mesmo porque ele é proprietário apenas do cavalinho, que é a parte que tem o motor. A parte de trás, que é a carreta, ele já encontrou pronta e com o trator em cima. A única coisa que ele fez foi acoplar e transportar. Ele não tem conhecimento técnico e mesmo se o trator tivesse sido preso de forma errônea pelos prepostos da empresa São Luis, as correntes não segurariam o peso e viria a tombar”, explicou.
O motorista vai continuar respondendo ao
processo criminal em liberdade, juntamente com as demais pessoas que
foram indiciadas - dois tratoristas, que tinham a função de colocar o
trator em cima do caminhão e amarrá-lo, um gerente e um dos donos da
empresa. José Valdo Liam da Silva, 33 anos, e 12 passageiros morreram.
Outras 16 pessoas ficaram feridas.
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