sexta-feira, 14 de junho de 2013

Suely do Boteco Sparttacus: "Se isso realmente acontecer, eu vou desistir de Paulo Afonso"


Suely Cristina, proprietária do Boteco Sparttacus localizado no Calçadão da Avenida Getúlio Vargas, em Paulo Afonso, concedeu entrevista exclusiva ao Programa Radar 89, da Rádio Delmiro FM.Delmiro FM.


Por: Denise Cordeiro

Mais uma vez, a prefeitura de Paulo Afonso, toma uma decisão que deixa os pauloafonsinos se perguntando se atitudes, nessa gestão, são tomadas com “dois pesos e duas medidas”. O motivo, dessa vez, foi à determinação que partiu da secretaria municipal de serviços públicos para a derrubada da estrutura de madeira de um dos estabelecimentos noturno mais famoso da região, O “Boteco Esparttacus”. O motivo central seria um tablado de madeira, posto na parte externa do bar, que segundo a proprietária, Sueli Cristina, em entrevista ao programa, Radar 89, na Rádio Delmiro, constava no projeto feito por arquitetos conceituados e que teve o aval da própria prefeitura para ser construído.
Na quarta-feira (12), a proprietária postou, em uma rede social, um desabafo em relação ao problema que estava enfrentando e imediatamente, toda sociedade pauloafonsina se sensibilizou, compartilhou e acionou a imprensa na tentativa de fazer acontecer um acordo ou o retorno na decisão, da prefeitura, em relação à derrubada da estrutura que tanto agrada aos turistas e os munícipes.
Durante a entrevista para a rádio acima citada, a empresária explicou toda a situação com mais clareza. Segundo informações da proprietária, a construção foi muito bem pensada e elaborada, a mesma encomendou o projeto para arquitetos da cidade, a construção também teve a liberação da prefeitura que nunca enviou um fiscal durante os oito meses que o  empreendimento passou para ficar pronto.
“Pra mim não é surpresa essa situação e desde que inaugurei, recebo notificações para que seja retirada a cobertura do meu estabelecimento. Fiz para abrilhantar o calçadão, gerar emprego e fazer de Paulo Afonso uma cidade melhor. De maneira alguma a estrutura prejudica a passagem de pedestres e o acesso de pessoas portadoras de necessidades especiais. Eu não sei por que eles querem derrubar minha construção, alegando que os pilares atrapalham a passagem. A obra foi feita por arquitetos e acredito que a estrutura não fica de pé sem o tablado do piso”.
“Já estive duas vezes na prefeitura e o Secretário, Zorobabel Paiva, me recebeu muito bem, mas falou que a estrutura teria que sair do lugar. Acredito que outros donos de bares, que ficam por perto, estejam fazendo pressão, mas eu nunca os vi como concorrentes porque acho que o sol nasce para todos. Atualmente emprego, só em Paulo Afonso, 48 famílias e estou aberta a qualquer tipo de acordo e conversação”.
“Se isso realmente acontecer, eu vou desistir de Paulo Afonso. Tenho estabelecimento em outra cidade e lá, em Canindé do São Francisco, eu sempre tive todo apoio da prefeitura. Não tenho nenhum tipo de relação de compra e venda de absolutamente nada na prefeitura dessa cidade, onde nasci e me criei. Paulo Afonso não tem muito a oferecer em termos de vida noturna”.
“O projeto dos arquitetos foi levado até a prefeitura, o prefeito teve conhecimento de tudo, a construção durou oito meses e nunca um fiscal esteve lá para dizer se o que estava sendo feito era certo ou errado. Se tivesse sido detectado, nós teríamos mudado. Existia um monumento de ferro inteiramente corroído pela ferrugem e quando chegamos para construir, as ferragens arriaram e até hoje a prefeitura nem retirar do chão, retirou. Se for feita a retirada da estrutura do meu bar, 14 pessoas perderão o emprego porque eu fecharei no dia seguinte”.
Boteco Sparttacus - Calçadão da Av. Getúlio Vargas
Quando o dito “dois pesos e duas medidas” foi citado no começo dessa matéria, é para fazer alusão a falta de planejamento e ingerência, pela qual passa algumas decisões da prefeitura de Paulo Afonso. A prova disso é a quantidade de mesas e cadeiras dispostas de maneira aleatória, em praças e calçadas da cidade, por donos de bares; são comerciantes que usam as ruas e calçadas para fazer comércio – principalmente na região do mercado da feira central; é a falta de orientação; falta de fiscalização na hora certa e tantos outros.

Deixar construir para depois mandar derrubar sem assumir a culpa por falta de fiscalização, é, no mínimo, crueldade.  
Fonte ozildoalves.com

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