O deputado estadual sargento pastor Isidório (PSB), que diz ter
deixado de ser gay há 18 anos, comandou os evangélicos contra os
protestos durante palestra de Feliciano em Salvador
Durante mais de uma hora, o deputado federal e
pastor Marco Feliciano (PSC-SP), acusado de ter posições racistas e
homofóbicas, palestrou ontem para centenas de pessoas em uma igreja
batista na Ribeira. O deputado veio a Salvador um dia depois de a
cantora Daniela Mercury assumir o namoro com a jornalista Malu Verçosa e
criticar no twitter a postura do deputado. Na frente da Igreja Batista
Avivamento Profético, na rua Domingos Rabelo, manifestantes do Grupo Gay
da Bahia (GGB) e da Associação de Travestis de Salvador (Atras)
protestaram contra a vinda de Feliciano à Bahia.
“Nosso movimento não é contra os evangélicos, mas contra o que Marco
Feliciano representa. Ele é homofóbico e racista. A sociedade está com
um mal-estar enorme com a presença dele”, disse o presidente do GGB,
Marcelo Cerqueira. Os militantes levaram cartazes com a provocação
“Feliciano não me representa”.
“Soubemos da chegada dele através de uma travesti que o viu no
aeroporto. Não vamos aceitar. Se ele botar o pé da Bahia, ele não sai. O
cara que disse que negro é uma maldição não bota o pé aqui”, ameaçou
Vida Bruno, integrante do GGB, pouco antes de o deputado chegar ao
local. Em resposta aos militantes da causa gay, evangélicos levaram
cartazes defendendo o político: “Pastor Marcos o Senhor é contigo nessa
batalha”.
A disputa estava montada: de um lado, Cerqueira, Bruno e Millena Passos,
presidente da Atras, incitavam os opositores de Feliciano. Do outro, o
deputado estadual sargento pastor Isidório (PSB) comandava os
evangélicos, que cantaram músicas gospel para abafar os gritos de
protesto: “Jesus Cristo salva, cura e batiza. Isso é que é vida.
Carregando a cruz”. Para provocar, Bruno respondia: “a nossa cruz é
Feliciano”.
Isidório reafirmou a posição da Igreja Batista em relação aos
homossexuais. “Ninguém pode ser forçado a ser gay. Se a bíblia diz que o
homem e a mulher foram os sexos abençoados, qualquer outro é
amaldiçoado. Quem diz isso é a bíblia, o papa e os pastores. Eu fui
homossexual e sei o que estou dizendo. Tenho 18 anos de recuperado e
tenho amigos se recuperando em clínicas”, contou o deputado baiano.
Três viaturas da 17ª Companhia Independente de Polícia Militar
(Uruguai) foram ao local para controlar o tumulto, mas não houve
agressão física. Feliciano chegou ao culto, marcado para as 17h, às
20h40 e entrou pela porta lateral para evitar o encontro com os
militantes. O deputado não falou com a imprensa. “Agradeço pelo calor
humano que recebi ao chegar na igreja”, palestrou Feliciano, no 20º
Congresso do Poder do Impacto do Espírito Santo.
Durante o culto, ele disse que sofreu preconceito por sua origem humilde
e pelo cuidado com o cabelo. Indiferente às acusações que tem recebido,
Feliciano pautou a pregação. Anteontem, o pastor determinou que as
sessões da Comissão de Direitos Humanos e Minorias, da qual é
presidente, sejam fechadas para o público. O deputado volta hoje para
Brasília. O GGB informou que fará protesto contra Feliciano no domingo,
no Porto da Barra.
Fonte ozildo alves.com.br
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