domingo, 26 de agosto de 2012

Inelegível, ex-presidente da Câmara 'solta o verbo' e culpa grupo do prefeito Anilton

"...Coloquei onze cargos de confiança a disposição deles, contratamos pessoas para trabalhar na Câmara, entre aspas, porque era para fazer a campanha do atual prefeito..." 

 
Após tentar a anulação do indeferimento da sua candidatura a vereador pela justiça eleitoral e não obter sucesso, o ex vereador Ângelo Carvalho - em uma entrevista reveladora - fala ao site pauloafonsoagora.com.br e diz o que houve nos bastidores da Câmara Legislativa Municipal durante o biênio 2007/2008 período em que presidiu aquele parlamento.


PA – Ângelo, Por que sua candidatura foi indeferida pela justiça?

Ângelo Carvalho – O atual prefeito acionou o departamento jurídico da prefeitura para impedir a minha candidatura. Aliás, o mesmo grupo que esteve na Câmara Legislativa no biênio 2007/2008 quando eu presidi aquela instituição. Eu suspeito que eles resolveram impugnar minha candidatura por vingança, pois eu tinha problemas pessoais com o ex-deputado estadual Luis de Deus porque ele me humilhou no estádio Ruberleno de Oliveira em 2002 diante dos meus filhos pelo fato de que eu fui lhe pedi liberdade política para votar em Mário Negromonte para federal. Ele mandou eu me esborrachar completo com Mário Negromonte. Então em 2004 eu saí candidato a vereador pela oposição derrotamos o irmão do atual prefeito e eles ficaram com essa vingança sobre mim. Após eleito, eu fiz uma série de reivindicações ao então prefeito Raimundo Caíres reivindicações estas que não foram atendidas, inclusive empregos para meu pessoal, minha base política e ele não me atendeu então o clima ficou ruim entre mim e o Raimundo e a oposição aproveitou esse momento e me assediou prometendo que eu seria o presidente da Câmara e eu inocentemente aceitei. Eu estava bem intencionado, mas eles pensavam em vingança. Coloquei onze cargos de confiança a disposição deles, contratamos pessoas para trabalhar na Câmara entre aspas, porque era para fazer a campanha do atual prefeito. Eu paguei quatro multas. Todo meu erro soma R$ 24.700,00 e na verdade o erro não foi meu haja vista que todo o balancete que ia para o Tribunal de Contas era corrigido pela assessoria jurídica da Câmara    

PA -  Você está dizendo que o departamento jurídico da Câmara, à época que você era presidente, agiu de má fé com o objetivo de lhe prejudicar?

Ângelo Carvalho – Eu provo que agiu de má fé e não era para nada dá errado, pois eu tinha seis advogados aqui na Câmara e duas consultorias jurídicas, uma de Salvador e outra de Paulo Afonso todos ligados ao grupo do atual prefeito.

PA – Então o pessoal do grupo do ex-deputado Luis de Deus montou uma armadilha para você?

Ângelo Carvalho – É verdade, eu confesso a você e provo, Como eu disse anteriormente tive problemas com o ex-deputado e tive problemas com o prefeito atual porque uma determinada rádio queria cassar o ex-prefeito Raimundo Caíres e como o grupo não aceitou a rádio ficou criticando o atual prefeito até com insinuações e palavras de baixo calão, então este prefeito que está aí me chamou na casa dele e disse “olha, tire o contrato da Câmara..., da rádio porque estão criticando a gente e você faz parte do grupo.” Eu cheguei pra ele e disse que não ia fazer isso porque a Câmara não tinha nada a ver com a briga pessoal deles. Eu acredito que tanto advogado que estava comigo na Câmara perder prazo de entrega de boleto ou deixar de fazer licitação, isso foi preparado para acontecer para me prejudicar. Eles me trouxeram para a Câmara para me prejudicar. Aproveitaram minha inocência, que não tenho nível superior, só tenho nível médio.

PA – Você pode citar quais eram as pessoas que faziam parte do jurídico da Câmara à época que você foi presidente?

Ângelo Carvalho – Posso. Nós nomeamos o senhor Flávio Henrique, nomeamos o senhor Hermes Benzota de Carvalho Júnior, Dr. Rodrigo Coppitiers, contratamos a empresa Labaredas, do advogado Aderval Tenório, cuja esposa respondia pelo contrato. Os balancetes da Câmara só iam para o Tribunal de Contas depois de eles darem o aval. Quem errou foram eles, mas quem pagou foi Ângelo Carvalho porque era o presidente.

PA – O que você pensa fazer agora? Você pensa em entrar com alguma representação contra essas pessoas ou vai esperar o tempo de novamente poder se recandidatar?

Ângelo Carvalho – Tem um ditado que diz que a corda só se quebra no lado mais frágil e eu não tenho poder financeiro para competir com eles, portanto vou desejar toda felicidade para eles e só tem um caminho: Deus, primeiramente e segundo o povo. 

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