Bicicross e angústia, um endereço à rua das Camélias, em Paulo Afonso

Dia de domingo, final de tarde, dezenas de carros encostados aos paralelepípedos, dezenas de pilotos tentando pedalar numa que seria a mais nova pista de bicicross de Paulo Afonso, familiares a observar, a incentivar, a aplaudir e a se angustiar com o estágio em que se encontra a área de lazer a qual aqueles jovens se dedicavam com tanto afinco Nos últimos oito anos o tradicional Clube Paulo Afonso de Bicicross-CPABx, vem sonhando com uma nova pista para a modalidade. Sonho que culminou com destruição da antiga pista, situada no hoje estacionamento do Parque de Exposições, e no inicio da construção de uma nova sita à rua das Camélias (acampamento Chesf). Desde o inicio do presente ano o presidente do CPABx, André, luta incansavelmente pela mais nova modalidade olímpica (o bicicross), porém suas forças já estão chegando ao fim. 

Em meio a tanta burocracia e jogo de empurra-empurra quem está perdendo realmente são aqueles jovens de que falei linhas acima, que aos sábados e domingos andam de bike em terreno apedrejado e sob fios de alta tensão pairando seus capacetes.

Entre os impasses “intransponíveis” estão à falta de um engenheiro ou empresa; de responsabilidade da PMPA que coordene o projeto, o jogo de empurra-empurra entre Chesf X Coelba; na retirada das linhas de alta tensão que pairam sob o terreno, e por último, para completar o quadro, que já estava complicado, um dos vizinhos resolveu embargar a obra, colocando-a sob judice.

O Clube Paulo Afonso de Bicicross clama por união em torno de um esporte tão tradicional em Paulo Afonso, são oito anos sem uma pista adequada para a prática esportiva, são oito anos cuja participação do CPABx no Campeonato Baiano e Brasileiro de Bicicross é minguada, são em oito o número de anos e clamor por um olhar mais atento para um esporte que esta perdendo a sua identidade local.

Marcos Mota (pai de atleta)

fonte ozildo alves