Vereador Dinho quebra o silêncio e fala pela 1ª vez sobre o caso Paulo Sérgio

"...não permitam que essa Casa passe a compor com um corrupto e chefe de quadrilha...essa Câmara não precisa ter em seu quadro, pessoas que se infiltram em corrupção... uma pessoa que usurpou a consciência de todos vocês...Não vou me curvar, posso até sair daqui amanhã, mas saio de cabeça erguida, e quem entra, entra de cabeça baixa com o rabo entre as pernas."

 Em uma sessão bastante movimentada e com casa cheia, dezenas de pessoas acompanharam a votação do Projeto de Lei Paulo Afonso Cidadania, uma espécie de Bolsa Família Municipal, onde 5 mil famílias carentes, que recebiam cestas básicas, agora receberão o cartão no valor de R$ 52,50 por mês, uma vez que foi aprovado por unanimidade dos vereadores presentes (apenas Antônio Alexandre faltou por está tratando de sua saúde).

A sessão foi marcada também pelo discurso do Vereador Edson Maciel (Dinho), que quebrou o silêncio e pela primeira vez deu sua opinião em relação ao caso Paulo Sérgio. É bom lembrar que Dinho, primeiro suplente da coligação PP/PSC, assumiu uma vaga na câmara, após a “Operação BeneVícios” deflagrada pela Polícia Federal ter prendido o então vereador Paulo Sérgio (PP), em dezembro de 2009. Depois de quase dois anos preso, após condenação de 13 anos de prisão, há um mês Paulo Sérgio foi solto através de um Habeas Corpus e solicitou a reassunção do cargo.

Em tom de desabafo, Dinho falou: “Nunca me pronunciei nesta Casa e nem em rádio, mas cabe-me no momento dizer que fiquem à vontade senhor presidente e nobres vereadores, mas não permitam que essa Casa passe a compor com um corrupto e chefe de quadrilha, e como conversava com o vereador Juvenal, ele me dizia que não comungava com a tese da corrupção”. Nesse momento o vereador Juvenal pede um à parte no discurso de Dinho e diz: “O ex-vereador errou e não pode retornar a essa Casa, essa Casa tem vereadores de bem e se depender do vereador Juvenal jamais ele retorna a essa Casa”.

Dinho continuou o seu desabafo: “Essa Câmara não precisa em seu quadro, de pessoas que se infiltram em corrupção, já solicitei do partido do qual eu faço parte medidas cabíveis para que não se tenha no nosso quadro uma pessoa que usurpou a consciência de todos vocês”.

Veja outros trechos do discurso do vereador Dinho:

“Eu peço aos nobres vereadores que não se curvem diante da pressão, diante de rádios que tentam trazer a todo o momento uma pessoa inescrupulosa para o nosso município. Não vou me curvar, posso até sair daqui amanhã, mas saio de cabeça erguida, e quem entra, entra de cabeça baixa com o rabo entre as pernas porque é chefe de uma quadrilha que desabonou todos nós”.

“No Big Brother se falava muito no Bam, Bam, Bam, aqui no setor jurídico da advocacia se fala muito no Mon, Mon, Mon, não podemos admitir que a Lei seja rasgada a todo custo, não podemos também admitir que determinado repórter, ele deveria ter mais respeito a minha pessoa, que no meu entender, continuamos sendo detentores de um pequeno percentual daquela rádio, através do meu pai Alonso Maciel já falecido (Aplausos), pois o que se comenta, através dele, é que já fomos rasgados da composição da rádio, eu não admito, vou falar com o senhor diretor pelo laço de aproximação que temos, de transpor essa firme consciência”.

“Não há necessidade de se trazer um homem daquela qualidade para câmara em detrimento de se ter mais um ao seu lado, eu não faço política com birra pessoal, eu não preciso me curvar, como aconteceu recentemente do prefeito trazer seu Paulo Sérgio aqui pra Câmara, aqui pra cidade, dito por ele, seu prefeito Anilton, se o senhor quiser conversar, a gente conversa, mas tenho certeza, que o senhor não necessita desse voto, para fazer um voto minerva nesta Câmara”.

Fonte ozildoalves.com