A vereadora Leda Chaves (PDT), em seu segundo mandato, vive um excelente momento na sua carreira política: preside uma legenda, e isto é raro, em se tratando do papel reservado às mulheres em que elas quase nunca têm poder de decisão; mostrou habilidade para conseguir também protagonizar a vinda do Procon de Paulo Afonso, tem bom trânsito entre as bancadas, é respeitada por todos os colegas, além de não ter seu nome envolto em desvios, por assim dizer.
Eis que no momento em que todos querem a cadeira do presidente Marcondes Francisco (PSD), separando o joio do trigo, vem a ser Leda a única com reais chances de obtê-la. Porque de resto, tem excelente relação com os dois prefeitos, afinal, até lá ninguém sabe ao certo quem apitará o jogo, se Luiz de Deus (PSD) ou Flávio Henrique (PDT).
Contra Leda: a inexperiência
Alguém há de perguntar se em ano decisivo – no caso a próxima presidência pega o período de eleições municipais-, e a julgar pelo modus operandi da política pauloafonsina, o prefeito [seja ele quem for] terá coragem de apostar em Leda, considerando que volta e meia ela diz que não abarcar certas discussões, porque pessoas mais experientes que ela não o fazem; como
respondeu as indagações do jornalista Júnior Padão (Radar 89′), sobre os salários dos prefeitos. Na ocasião a vereadora disse que os ‘mais antigos’, também não viram problema nisso.
Evidentemente que com esta, digamos, técnica, ela não tem como ir de encontro à dureza que vem da opsocionia, aflita para emplacar um governo, e que tem como sua figura de proa, o vereador Antônio Alexandre (PMDB), de quem todos conhecem a ‘filosofia’, ainda contra o futuro presidente da Câmara, havemos de considerar, a habilidade e também crédito que dispõe Jean Roubert (PDT), que deve apostar na terceira via.
Jean, o próprio, só não vai ser o presidente se ainda sonhar em ser prefeito, pois quem vai dar a galinha para a raposa tomar conta? Os demais concorrentes de Leda na bancada governista dificilmente têm os votos necessários: Bero do Jardim Bahia (PT), José Carlos (PRB) e Marconi Daniel (PHS) – cuja presidência lhe foi negada em detrimento de Marcondes Francisco, ficando aqui o vereador Leco (PHS) como homem capaz de realmente frear o que seria um feito histórico: UMA MULHER NA PRESIDÊNCIA DA CÂMARA MUNICIPAL DE PAULO AFONSO.
Faltou dizer se a oposição não teria como fazer o presidente? Seria mais provável acontecer se Jean Roubert pulasse do barco governista.
Nenhum comentário:
Postar um comentário